segunda-feira, dezembro 26, 2011

O que é a Psicoterapia Cognitiva Comportamental -Kelen de Bernardi Pizol - psicóloga, São Paulo

   «A psicoterapia cognitiva ou cognitiva comportamental é uma abordagem psicoterápica que integra várias dimensões importantes do ser humano para explicar como somos e como nossa psiquê funciona. Nesta visão, os pensamentos, as emoções, as crenças, as ações, o meio no qual se vive, sua história, as memórias, todos estes aspectos estão interligados e juntos formam o modo todo especial de ser de cada um. Então, tudo isso é levado em conta no processo psicoterápico, para se entender o que está acontecendo com aquela pessoa e se poder direcionar e aprofundar a psicoterapia do melhor modo diante dos objetivos que a levaram a procurar o psicólogo.
   O psicólogo e o paciente trabalham juntos durante as sessões procurando conhecer as crenças e pensamentos mais importantes para a vida e a problemática do paciente e entender suas emoções e comportamentos. É uma abordagem cooperativa. Assim como detetives, eles vão juntando pistas e trabalhando com hipóteses, que podem ser descartadas ou demonstrar-se corretas no decorrer da psicoterapia. Quando os pensamentos e, principalmente, as crenças que aquela pessoa construiu estão prejudicando-a de alguma forma, procura-se por modos alternativos de se ver e/ou de se comportar frente às situação ou emoções que os suscitam ou ativam. Aos poucos isso vai sendo integrado em sua vida fora das sessões, auxiliando-a a lidar com suas dificuldades específicas e outras que ela venha a enfrentar no seu dia-a-dia. Além disso, o psicólogo pode passar tarefas para o paciente fazer entre as sessões, já que a maior parte do tempo ele está fora do consultório e não em sessão...
   O modo que a pessoa age frente às situações também é importante na psicoterapia cognitiva e dependendo da especificidade do caso, é dada maior ênfase à mudança de comportamentos, principalmente no início.
   O objetivo geral principal da psicoterapia cognitiva comportamental é modificar os pensamentos e comportamentos e - indiretamente - as emoções que levam aquela pessoa a sofrer e a ter uma qualidade de vida ruim.
   Além da visão integradora do ser humano, a psicoterapia cognitiva comportamental é uma psicoterapia que integra diferentes tipos de conhecimento psicológico. Com os avanços em psicologia e em neurofisiologia, com pesquisas comparativas abrangendo diferentes métodos de tratamento e diferentes transtornos, pôde-se criar uma base teórica consistente e coerente, abrangendo ao mesmo tempo técnicas e procedimentos válidos utilizados em outros tipos de psicoterapia. Então, nesse tipo de psicoterapia, o psicólogo integra os conhecimentos reconhecidamente funcionais do behaviorismo, da psicoterapia centrada no cliente, técnicas de psicodrama e da gestalt, entre outros.
  Em vários casos, é uma psicoterapia de curta duração, durando poucos meses, pois ela é desde o início direcionada à melhora dos sintomas do paciente e aos seus objetivos específicos. Logicamente, a duração e o progresso na psicoterapia dependem de vários fatores, como a possibilidade de se fazer o número de sessões adequadas àquele caso, a disposição do paciente em colaborar com seu tratamento, o tipo e a cronicidade do problema, entre outros. Por exemplo, a psicoterapia é mais prolongada quando há mais de um transtorno envolvido ou para transtornos de personalidade.
   Devido aos bons resultados que vêm sendo demonstrados, a psicoterapia cognitiva comportamental tem sido indicada para uma variedade de transtornos e conflitos psicológicos. Estão entre eles os transtornos ansiosos (transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico, transtorno obsessivo compulsivo, fobias específicas, fobia social, transtorno do estresse pós-traumático), a depressão, os transtornos alimentares (bulimia, anorexia), problemas somáticos (stress, hipocondria, etc), disfunções sexuais (vaginismo, ejaculação precoce, etc), problemas de relacionamento (como dificuldades conjugais), ciúmes mórbido ou patológico, tabagismo, etc. (...)»

quarta-feira, outubro 26, 2011

Transtorno Esquizoafetivo pelo DSM-IV


Características e Aspectos Associados

A característica essencial do Transtorno Esquizoafetivo é um período ininterrupto de doença durante o qual, em algum momento, existe um Episódio Depressivo Maior, Maníaco ou Misto, concomitante com sintomas que satisfazem o Critério A para Esquizofrenia (Critério A). Além disso, durante o mesmo período de doença, ocorreram delírios ou alucinações por pelo menos duas semanas na ausência de sintomas proeminentes de humor (Critério B). Finalmente, os sintomas de humor estão presentes por uma porção substancial da duração total da doença (Critério C). Os sintomas não devem decorrer dos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., cocaína) ou de uma condição médica geral (por ex., hipertiroidismo ou epilepsia do lobo temporal) (Critério D). A fim de satisfazerem os critérios para Transtorno Esquizoafetivo, as características essenciais devem ocorrer dentro de um único período ininterrupto de doença. A expressão “período de doença”, tal como utilizada aqui, refere-se a um período de tempo durante o qual o indivíduo continua apresentando sintomas ativos ou residuais de doença psicótica. Para alguns indivíduos, este período de doença pode durar anos ou mesmo décadas. Um período de doença é considerado findo quando o indivíduo se recuperou completamente por um intervalo significativo de tempo e não mais apresenta quaisquer sintomas significativos do transtorno. A fase da doença com sintomas psicóticos ou de humor concomitantes caracteriza-se por satisfazer todos os critérios, tanto para a fase ativa da Esquizofrenia (a saber, Critério A) quanto para Episódio Depressivo Maior, Episódio Maníaco ou Episódio Misto. A duração do Episódio Depressivo Maior deve ser de no mínimo 2 semanas; a duração do episódio maníaco ou misto deve ser de pelo menos 1 semana. Como os sintomas psicóticos devem ter uma duração total de pelo menos 1 mês para satisfazerem o Critério A para Esquizofrenia, a duração mínima de um Episódio Esquizoafetivo também é de 1 mês. Uma característica essencial de um Episódio Depressivo Maior é a presença de humor deprimido ou interesse ou prazer acentuadamente diminuídos. Como a perda de interesse ou prazer também é comum nos Transtornos Psicóticos não-afetivos, a fim de satisfazer o Critério A para Transtorno Esquizoafetivo, o Episódio Depressivo Maior deve incluir humor deprimido global (isto é, não basta a presença de interesse ou prazer acentuadamente diminuídos). A fase da doença apenas com sintomas psicóticos é caracterizada por delírios ou alucinações que duram pelo menos 2 semanas. Embora alguns sintomas de humor possam estar presentes durante esta fase, eles não predominam. Esta determinação pode ser difícil e exigir uma observação longitudinal, além de múltiplas fontes de informações. Os sintomas do Transtorno Esquizoafetivo podem ocorrer em uma variedade de padrões temporais. O seguinte é um padrão típico: um indivíduo pode ter alucinações auditivas e delírios persecutórios pronunciados por 2 meses antes do aparecimento de um Episódio Depressivo Maior proeminente. Os sintomas psicóticos e o Episódio Depressivo Maior plenos estão presentes, então, por 3 meses. Depois, a pessoa recupera-se completamente do Episódio Depressivo Maior, mas os sintomas psicóticos persistem por mais 1 mês antes de também desaparecerem. Durante este período de doença, os sintomas do indivíduo satisfazem concomitantemente os critérios para Episódio Depressivo Maior e o Critério A para Esquizofrenia e, durante este mesmo período de doença, as alucinações auditivas e os delírios estiveram presentes tanto antes quanto após a fase depressiva. O período total de doença durou cerca de 6 meses, com a presença de sintomas psicóticos isolados durante os 2 meses iniciais, sintomas depressivos e psicóticos durante os 3 meses seguintes e apenas sintomas psicóticos durante o último mês. Neste caso, a duração do Episódio Depressivo não foi breve, relativamente à duração total da perturbação psicótica, de modo que a apresentação se qualifica para um diagnóstico de Transtorno Esquizoafetivo. O Critério C para Transtorno Esquizoafetivo especifica que os sintomas de humor que satisfazem aos critérios para um episódio de humor devem estar presentes por uma porção substancial de todo o período de doença. Se os sintomas de humor estão presentes apenas por um período relativamente breve, o diagnóstico é de Esquizofrenia, e não Transtorno Esquizoafetivo. Ao avaliar este critério, o clínico deve determinar a proporção de tempo durante o período contínuo da doença psicótica (isto é, sintomas ativos e residuais) no qual ocorreram sintomas significativos de humor acompanhando os sintomas psicóticos. A operacionalização do que queremos dizer com “uma porção substancial de tempo” requer julgamento clínico. Por exemplo, um indivíduo com uma história de 4 anos de sintomas ativos e residuais de Esquizofrenia desenvolve um Episódio Depressivo Maior sobreposto que dura cinco semanas, durante as quais persistem os sintomas psicóticos. Esta apresentação não satisfaria o critério para “uma porção substancial da duração total”, uma vez que os sintomas que satisfazem os critérios para um episódio de humor ocorreram apenas durante 5 semanas de um total de 4 anos da perturbação. O diagnóstico, neste exemplo, continua sendo de Esquizofrenia, com o diagnóstico adicional de Transtorno Depressivo Sem Outra Especificação para indicar o Episódio Depressivo Maior sobreposto.


Subtipos

Dois subtipos de Transtorno Esquizoafetivo podem ser anotados com base no componente de humor do transtorno:

F25.0 – Tipo Bipolar. Este subtipo aplica-se se um Episódio Maníaco ou Episódio Misto faz parte da apresentação. Episódios Depressivos Maiores também podem ocorrer.

F25.1 – Tipo Depressivo. Este subtipo aplica-se quando apenas Episódios Depressivos Maiores fazem parte da apresentação.

Características e Transtornos Associados

Pode haver um fraco funcionamento ocupacional, uma faixa restrita de contato social, dificuldades com os cuidados pessoais e um aumento no risco de suicídio em associação com o Transtorno Esquizoafetivo. Os sintomas residuais e negativos geralmente são menos severos e menos crônicos do que aqueles vistos na Esquizofrenia. Os indivíduos com Transtorno Esquizoafetivo podem estar em maior risco para o desenvolvimento posterior de episódios de um Transtorno do Humor puro (por ex., Transtorno Depressivo Maior ou Transtorno Bipolar) ou de Esquizofrenia ou Transtorno Esquizofreniforme. Pode haver transtornos associados Relacionados ao Álcool ou Relacionados a Outras Substâncias. Evidências clínicas limitadas sugerem que o Transtorno Esquizoafetivo pode ser precedido por Transtorno da Personalidade Esquizóide, Esquizotípica, Borderline ou Paranóide.

Características Específicas à Cultura, à Idade e ao Gênero

Para uma discussão adicional de fatores de cultura, idade e gênero relevantes à avaliação dos sintomas psicóticos, consultar o texto para Esquizofrenia, e para uma discussão dos fatores relevantes ao diagnóstico de Transtornos do Humor,. O Transtorno Esquizoafetivo, Tipo Bipolar, pode ser mais comum em adultos jovens, enquanto o Transtorno Esquizoafetivo, Tipo Depressivo, pode ser mais comum em adultos mais velhos. Comparado com a Esquizofrenia, o Transtorno Esquizoafetivo provavelmente ocorre com maior freqüência em mulheres.

Prevalência

Não há informações detalhadas disponíveis, mas o Transtorno Esquizoafetivo parece ser menos comum que a Esquizofrenia.

Curso

A idade típica de início do Transtorno Esquizoafetivo provavelmente se situa nos primeiros anos da idade adulta, embora possa ocorrer desde qualquer momento da adolescência até uma idade mais avançada. O prognóstico para o Transtorno Esquizoafetivo é um pouco melhor que o prognóstico para a Esquizofrenia, mas consideravelmente pior do que para Transtornos do Humor. Uma disfunção ocupacional e social significativa não é incomum. O resultado do Transtorno Esquizoafetivo, Tipo Bipolar, pode ser melhor do que o do Transtorno Esquizoafetivo, Tipo Depressivo.

Padrão Familiar

Existem evidências substanciais de um risco aumentado para Esquizofrenia em parentes biológicos em primeiro grau de indivíduos com Transtorno Esquizoafetivo. A maioria dos estudos também mostra que os parentes de indivíduos com Transtorno Esquizoafetivo estão em maior risco para Transtornos do Humor.

Diagnóstico Diferencial

Condições médicas gerais e uso de substâncias podem apresentar uma combinação de sintomas psicóticos e de humor. Transtorno Psicótico Devido a uma Condição Médica Geral, delirium ou demência são diagnosticados quando existem evidências, a partir da história, exame físico ou testes laboratoriais, indicando que os sintomas são a conseqüência fisiológica direta de uma condição médica geral específica. Transtorno Psicótico Induzido por Substância e Delirium Induzido por Substância são diferenciados do Transtorno Esquizoafetivo pelo fato de que uma substância (por ex., uma droga de abuso, um medicamento ou exposição a uma toxina) presumivelmente está etiologicamente relacionada com os sintomas. A distinção entre Transtorno Esquizoafetivo, Esquizofrenia e Transtorno do Humor com Aspectos Psicóticos freqüentemente é difícil. No Transtorno Esquizoafetivo, deve haver um episódio de humor concomitante com os sintomas da fase ativa da Esquizofrenia, os sintomas de humor devem estar presentes por uma porção substancial da duração total da perturbação e os delírios ou alucinações devem estar presentes por pelo menos 2 semanas, na ausência de sintomas proeminentes de humor. Em comparação, os sintomas de humor na Esquizofrenia têm uma duração breve em relação à duração total da perturbação, ocorrem apenas durante as fases prodrômica ou residual ou não satisfazem todos os critérios para um episódio de humor. Se os sintomas psicóticos ocorrem exclusivamente durante períodos de perturbação do humor, o diagnóstico é Transtorno do Humor com Aspectos Psicóticos. No Transtorno Esquizoafetivo, os sintomas não devem ser atribuídos a um episódio de humor se forem claramente decorrentes de sintomas de Esquizofrenia (por ex., dificuldade para dormir em razão de alucinações auditivas perturbadoras, perda de peso porque o alimento é considerado envenenado, dificuldade para concentrar-se em vista da desorganização psicótica). A perda de interesse ou prazer é comum em transtornos psicóticos não-afetivos; portanto, a fim de satisfazer o Critério A para Transtorno Esquizoafetivo, o Episódio Depressivo Maior deve incluir um humor globalmente deprimido. Uma vez que a proporção relativa de sintomas de humor para sintomas psicóticos pode mudar durante o curso da perturbação, o diagnóstico apropriado para um episódio individual da doença pode mudar, de Transtorno Esquizoafetivo para Esquizofrenia (por ex., um diagnóstico de Transtorno Esquizoafetivo para um Episódio Depressivo Maior severo e proeminente com duração de 3 meses, ocorrendo durante os primeiros 6 meses de uma doença psicótica crônica, seria mudado para Esquizofrenia se os sintomas psicóticos ativos ou residuais proeminentes persistissem por vários anos sem a recorrência de outro episódio de humor). O diagnóstico também pode mudar para episódios diferentes da doença separados por um período de recuperação. Por exemplo, um indivíduo pode ter um episódio de [284]sintomas psicóticos que satisfazem o Critério A para Esquizofrenia durante um Episódio Depressivo Maior, recuperar-se completamente deste episódio e, mais tarde, desenvolver 6 semanas de delírios e alucinações sem sintomas proeminentes de humor. O diagnóstico, neste caso, não é Transtorno Esquizoafetivo, porque o período de delírios e alucinações não foi contínuo ao período inicial da perturbação. Ao invés disso, os diagnósticos apropriados são, para o primeiro episódio, Transtorno do Humor com Aspectos Psicóticos, Em Remissão Completa, e Transtorno Esquizofreniforme (Provisório) para o episódio atual. Perturbações do humor, especialmente depressão, em geral se desenvolvem durante o curso de um Transtorno Delirante. Entretanto, essas apresentações não satisfazem os critérios para Transtorno Esquizoafetivo, porque os sintomas psicóticos no Transtorno Delirante são restritos a delírios não-bizarros e, portanto, não satisfazem o Critério A para Transtorno Esquizoafetivo. Quando existem informações insuficientes envolvendo a relação entre os sintomas psicóticos e de humor, Transtorno Psicótico Sem Outra Especificação pode ser o diagnóstico mais apropriado.





Critérios Diagnósticos para F25.x – 295.70 Transtorno Esquizoafetivo

A. Um período de doença ininterrupto durante o qual, em algum momento, existe um Episódio Depressivo Maior, um Episódio Maníaco ou um Episódio Misto, concomitante com sintomas que satisfazem o Critério A para Esquizofrenia.
Nota: O Episódio Depressivo Maior deve incluir o Critério A1: humor deprimido.

B. Durante o mesmo período de doença, ocorreram delírios ou alucinações por pelo menos 2 semanas, na ausência de sintomas proeminentes de humor.

C. Os sintomas que satisfazem os critérios para um episódio de humor estão presentes por uma porção substancial da duração total dos períodos ativo e residual da doença.

D. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., uma droga de abuso, um medicamento) ou a uma condição médica geral.

Especificar tipo:
Tipo Bipolar: se a perturbação inclui um Episódio Maníaco ou Misto (ou um Episódio Maníaco ou Misto e Episódios Depressivos Maiores). Tipo Depressivo: se a perturbação apenas inclui Episódios Depressivos Maiores.





terça-feira, outubro 25, 2011

Doenças emocionais



Publicado por Nelson S. Lima em 21 janeiro 2009 às 19:19 em O CÓDIGO DAS EMOÇÕES
Muito raramente se fala ou escreve sobre patologias emocionais, excepção feita aos estados depressivos (de que existem diversos tipos), à ansiedade crónica (geralmente um traço de personalidade), aos alarmantes ataques de pânico e às incapacitantes fobias.

Agora gostaria de referir o facto de que alguns problemas mentais serem, efectivamente, patologias de foro afectivo/emocional. Espero com este tópico aguçar o "apetite" para o tema das emoções e, em particular, para o seu Código.

Descrevo sumariamente a seguir algumas perturbações de foro emocional que são já problemas de natureza psiquiátrica.



ALEXITIMIA: as pessoas que sofrem deste problema têm muita dificuldade em discernir sobre as suas próprias emoções e descrever os sentimentos. Pode ser induzida por abuso de drogas, stress pós-traumático, problemas vasculares estando presente no autismo e na esquizofrenia.

ANEDONIA: incapacidade total ou parcial de obter e sentir prazer no dia-a-dia, geralmente associada à APATIA (ver adiante). Presente nos estados depressivos.

APAGAMENTO EMOCIONAL: não há expressão das emoções; a pessoa não transmite qualquer estado emocional visível no rosto, no olhar, na boca (ausência de expressão).

APATIA: geralmente é uma situação decorrente da depressão. O humor está muito diminuído e há falta de interesse, motivação e desejo. Incapacidade de sentir afectos. Certas doenças mentais podem provocar esta situação.

EMBOTAMENTO EMOCIONAL: neste caso significa que a pessoa não sente normalmente as emoções; estas parecem apagadas no que se refere à intensidade e, por isso, quase não se percebe o que ela realmente sente. Aparece na demência, em certas lesões cerebrais e nos doentes psicóticos.

DISFORIA: diferente da ansiedade, a disforia é um estado de humor desagradável e negativo que inclui desconforto emocional e intranquilidade.

EUFORIA: humor de sinal positivo, elevado, contentamento que pode ser extremo. Pode ser uma "alegria patológica", já com carácter preocupante e a necessitar de ajuda psiquiátrica.

HUMOR ANSIOSO: sensação de apreensão, tensão interior, que pode exprimir-se através de palpitações, náuseas, sudação e outras alterações fisiológicas.

HUMOR DEPRIMIDO: equivale a um estado de tristeza e disforia (ver atrás).

NEOTIMIA: problema decorrente de psicose que envolve sentimentos e estados afectivos inteiramente novos, estranhos e até bizarros para o doente.

PUERILIDADE: vida afectiva superficial, nenhum afecto profundo, a pessoa ri ou chora por motivos banais.

RESTRIÇÃO EMOCIONAL: sucede nos casos da pessoa com dificuldade em sentir certas emoções. Pode ser temporário ou indicar alguma perturbação afectiva.

Fonte (resumo): O CÓDIGO DAS EMOÇÕES (Nelson S. Lima)

quinta-feira, setembro 29, 2011

Relatoório

Muitos dias preenchidos de alegria. Alguns, com profundos sentimentos de vazio. E uma réstea de dias de completo desespero. A média estatistica está muito positiva!

quarta-feira, janeiro 19, 2011

«Não existe maior loucura no mundo, do que um homem entrar em desespero.»
Miguel de Cervantes